"A todos os visitantes de passagem por esse meu mundo em preto e branco lhes desejo um bom entretenimento, seja através de textos com alto teor poético, através das fotos de musas que emprestam suas belezas para compor esse espaço ou das notas da canção fascinante de Edith Piaf... Que nem vejam passar o tempo e que voltem nem que seja por um momento!"

8.1.10

A meias

Bebo o meu café enquanto bebes
do meu café. Intriga-me que faças isso.
Se te posso pedir um
(se podes tomar um igual)
porque hás-de querer do meu?
Que
não. Que não queres. Escuso
de pedir
que não queres. Então
começo
um cigarro e tu fumas do
meu cigarro dizes
- tenho quase a certeza de
não acabar um sozinha por isso
fumas do meu. Dá-te
gozo esse roubar
de
leves goles furtivos
dá gozo participar
do prazer que eu possa ter
contigo
(e entre nós)
dá-se agora tudo
a meias.

João Luís Barreto Guimarães

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3 comentários:

  1. É esse o prazer.
    O completar do incompleto.
    O sal que falta.


    Tudo de bom para ti.
    Rolando

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  2. Olá Helena,
    A Audrey Hepburn, há uns anos era das minhas artistas preferidas. A minha primeira fase cinematográfica, era assim: eu ia ver os filmes dos meus actores preferidos. A segunda fase, mais intelectual, eu ia ver os filmes dos meus realizadores preferidos, agora cada vez vou menos ao cinema, porque não gosto dos blockbusters, prefiro rever em casa os meus filmes.
    Gostei deste poema, tomar um café a meias, fumar um cigarro a meias....ah é uma delícia, não é?
    Beijinhos,
    Bom fim-de-semana.
    Manuela

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  3. desde mi perspectiva, creo que es un tema medio loco, poesía bohemia, pero con rotunda verticalidad.
    besos

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