Convalescente
Vou vivendo,
além do caminho,
malgrado os tropeços,
além das feridas
escolho jeitosa
os paliativos, as muletas,
as compressas
vou simulando a recuperação
aqui, uma canção
acolá, um poeta
de cancioneiros e poesia
de sonho e utopia,
forrei o solo, ergui o telhado,
preenchi as paredes
com cautela, deslizo meus chinelos
na surdina, afino meu piano
prá não espantar os fantasmas,
prá não despertar a dor.
E, com mão trêmula ainda,
rego as flores do meu jardim.
Dora Vilela
Vou vivendo,
além do caminho,
malgrado os tropeços,
além das feridas
escolho jeitosa
os paliativos, as muletas,
as compressas
vou simulando a recuperação
aqui, uma canção
acolá, um poeta
de cancioneiros e poesia
de sonho e utopia,
forrei o solo, ergui o telhado,
preenchi as paredes
com cautela, deslizo meus chinelos
na surdina, afino meu piano
prá não espantar os fantasmas,
prá não despertar a dor.
E, com mão trêmula ainda,
rego as flores do meu jardim.
Dora Vilela
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