"A todos os visitantes de passagem por esse meu mundo em preto e branco lhes desejo um bom entretenimento, seja através de textos com alto teor poético, através das fotos de musas que emprestam suas belezas para compor esse espaço ou das notas da canção fascinante de Edith Piaf... Que nem vejam passar o tempo e que voltem nem que seja por um momento!"

14.5.11


O verde deixou de ser esperança

Ando pela casa. Sozinha. Vazia. Assim como eu. Cada coisa está no seu devido lugar. Mas existem falhas. Faltas. Faltam coisas. Faltam os teus tênis espalhados pela casa, falta a tua t-shirt suada jogada na minha colcha novinha. Falta, também, o barulho, a zoada da televisão e o tec-tec irritante do ventilador. E são tantas as coisas em falta. E é o mais importante que faz a casa parecer grande, solitária, sozinha, vazia. Tu. Por onde andas? O que fazes? Quando voltas? Será que voltas? Levaste o calor e o aconchego. As cores perderam o brilho. O laranja, o amarelo, o vermelho e o verde, tornaram-se cinzas. A nossa casa transformou-se num mar de preto e branco. As cores já mais não fazem diferença. O laranja perdeu o calor de outrora, o amarelo deixou de brilhar, o vermelho deixou de irradiar paixão e o verde... ai o verde... o verde deixou de ser esperança.

Ísis Rezende Costa de Lima

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