"A todos os visitantes de passagem por esse meu mundo em preto e branco lhes desejo um bom entretenimento, seja através de textos com alto teor poético, através das fotos de musas que emprestam suas belezas para compor esse espaço ou das notas da canção fascinante de Edith Piaf... Que nem vejam passar o tempo e que voltem nem que seja por um momento!"

20.10.10

Busca-se um guarda-chuva

Ainda não consigo viajar aos sonhos de um gato.
Nem dormir no centro de um furacão.

Este é um tratado sobre ratos.
Pela esquerda afugento o roedor da insônia.
Pela direita oculto o rastro de uma lembrança.

Se os ratos fecham um olho, escrevo.
Se abrem, levam o que calo.

Há virgens encarnadas que habitam a ratoeira do vazio.
Discurso metódicos que não fazem ninguém feliz.

Amanhece na boca da sede que amanhece na mirada.

A palavra encharca como um guarda-chuva
sob um dilúvio de abraços perdidos.

A solitária palavra se diz sozinha
entre os solos de novembro.

Yadi Maria Henao

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3 comentários:

  1. Helena:
    ¿Cuándo publicaras algo tuyo?, Intuyo que sabes escribir poesía.
    Un beso.

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  2. Belo poema. Profundo. Com ares de psicologia. Gosto muito deste modelo. Aprendemos muito com as espertezas do gato, e não conseguimos decifrar a forma perspicaz do rato.
    Muito bom! Parabéns. Aguardo sempre a sua visita agradável.
    Obrigado!
    Beijos!...

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  3. Nossa, este poema é muito impactante e alguns versos se deve entender bem!

    Muito bonito!

    =D

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