
Matinal
O sangue recorda.
O turbilhão de nuvens negras
contra os olhos.
O remoinho de ramos e folhas
que se abeiravam da roda traseira
da bicicleta.
O peso da lama no guiador.
Os primeiros relâmpagos
que precedem o ribombar da tempestade
no cimo dos pinheiros.
O estrépito das pedras a rolar,
encosta abaixo.
A sombra violeta das sebes
inclinadas, onde fulgia uma colérica
chuva.
A lividez da campainha
quando os dedos a tocavam.
O voo em círculos da ave nocturna
no caminho esburacado.
Tudo isso porque foste embora.
Jorge Gomes Miranda
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
O sangue recorda.
O turbilhão de nuvens negras
contra os olhos.
O remoinho de ramos e folhas
que se abeiravam da roda traseira
da bicicleta.
O peso da lama no guiador.
Os primeiros relâmpagos
que precedem o ribombar da tempestade
no cimo dos pinheiros.
O estrépito das pedras a rolar,
encosta abaixo.
A sombra violeta das sebes
inclinadas, onde fulgia uma colérica
chuva.
A lividez da campainha
quando os dedos a tocavam.
O voo em círculos da ave nocturna
no caminho esburacado.
Tudo isso porque foste embora.
Jorge Gomes Miranda
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Olá Hlena,
ResponderExcluir"Matinal" é linda e dorida, mas bela, transmite a dor da separação...
Aliás seu blog é belo - fonte de inspiração.
Muito belo!
Ótima semana!
Beijos...
Olá, querida...
ResponderExcluirsua escolha de hoje, sempre tão perfeita, nos presenteia com um belíssimo poema de amor...
Boa semana, beijinhos, beijinhos...
♥