
Sonata
O violoncelo encosta a cabeça ao teu ombro
e é um lamento ainda vegetal que lhe sai do sangue
quando o arco rasga o ar, o silêncio, a mão.
Fechas e abres os olhos, há gente a escutar,
as paredes curvam-se e estalam, tudo é frágil,
e a partitura é sempre um pouco além do olhar.
Os dedos levitam sua dureza sobre as cordas,
estremeces amarrada à vertigem da tua
própria queda - nisto se ergue a música.
Também tu não possuis trastos, tacteias
interiormente em busca das notas particulares
e do movimento inspirado.
Há uma demorada e subtil alquimia nesta sala.
E o violoncelo é o imóvel instrumento
da tua trágica, suave aparição.
Vasco Gato
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
O violoncelo encosta a cabeça ao teu ombro
e é um lamento ainda vegetal que lhe sai do sangue
quando o arco rasga o ar, o silêncio, a mão.
Fechas e abres os olhos, há gente a escutar,
as paredes curvam-se e estalam, tudo é frágil,
e a partitura é sempre um pouco além do olhar.
Os dedos levitam sua dureza sobre as cordas,
estremeces amarrada à vertigem da tua
própria queda - nisto se ergue a música.
Também tu não possuis trastos, tacteias
interiormente em busca das notas particulares
e do movimento inspirado.
Há uma demorada e subtil alquimia nesta sala.
E o violoncelo é o imóvel instrumento
da tua trágica, suave aparição.
Vasco Gato
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
que bom voltar aqui.
ResponderExcluirGosto do teu blog.
Maurizio
una imagen muy bella. me encanto.
ResponderExcluirbesos
Vim só deixar carinho
ResponderExcluirUm abraço
Ana
Me encanto pelas imagens e textos daqui!
ResponderExcluirlindos!
beiijo,
*.*