
A Florista
Suspensa ao braço a grávida corbelha,
Segue a passo, tranqüila... O sol faísca...
Os seus carmíneos lábios de mourisca
Se abrem, sorrindo, numa flor vermelha.
Deita à sombra de uma árvore. Uma abelha
Zumbe em torno ao cabaz... Uma ave, arisca,
O pó do chão, pertinho dela, cisca,
Olhando-a, às vezes, trêmula, de esguelha...
Aos ouvidos lhe soa um rumor brando
De folhas... Pouco a pouco, um leve sono
Lhe vai as grandes pálpebras cerrando...
Cai-lhe de um pé o rústico tamanco...
E assim descalça, mostra, em abandono,
O vultinho de um pé macio e branco.
Francisca Júlia da Silva
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Suspensa ao braço a grávida corbelha,
Segue a passo, tranqüila... O sol faísca...
Os seus carmíneos lábios de mourisca
Se abrem, sorrindo, numa flor vermelha.
Deita à sombra de uma árvore. Uma abelha
Zumbe em torno ao cabaz... Uma ave, arisca,
O pó do chão, pertinho dela, cisca,
Olhando-a, às vezes, trêmula, de esguelha...
Aos ouvidos lhe soa um rumor brando
De folhas... Pouco a pouco, um leve sono
Lhe vai as grandes pálpebras cerrando...
Cai-lhe de um pé o rústico tamanco...
E assim descalça, mostra, em abandono,
O vultinho de um pé macio e branco.
Francisca Júlia da Silva
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Que delícia de suavidade... escreveu essa poesia acima das nuvens. Queria escrever assim, mas que ousadia! Bem, se não posso escrevê-las, pelo menos posso lê-las. Que por si só já é por demais maravilhoso.
ResponderExcluirBeijos
Que lindo poema!!
ResponderExcluirQue delicia passar por aqui e me encantar com essas palavras que caem do céu!!!
Um beijo flor
De regreso cargada de emociones, es siempre grato visitarte. Un besito para ti.
ResponderExcluirOlá Helena,
ResponderExcluirVenho matar saudades e deixar carinhos!...
Que suave e enternecedor este poema...
Beijinhos,
Manuela
la imagen, el titulo y el contenido,, todo precioso.
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