
Extra muros
À tarde de ontem!... Longe da cidade,
Eu a esperava à porta do passeio:
Quando vi ir chegando um carro: — há de,
Pensava ser o carro em que ela veio.
Não era. — Então ficava em novo enleio:
Cada momento era uma eternidade;
E entre a esperança, a dúvida, o receio,
Que inquietação, que angústia, que ansiedade!
Mas de repente o rápido ginete
Estaca, o faéton para as longas crinas
Sacode o pônei fino e cor de leite:
Sai à deusa: o sol ri, e das colinas
Rola-lhe aos pés a luz, como um tapete
Quando ela esgarça na ponta das botinas...
Luís Delfino
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À tarde de ontem!... Longe da cidade,
Eu a esperava à porta do passeio:
Quando vi ir chegando um carro: — há de,
Pensava ser o carro em que ela veio.
Não era. — Então ficava em novo enleio:
Cada momento era uma eternidade;
E entre a esperança, a dúvida, o receio,
Que inquietação, que angústia, que ansiedade!
Mas de repente o rápido ginete
Estaca, o faéton para as longas crinas
Sacode o pônei fino e cor de leite:
Sai à deusa: o sol ri, e das colinas
Rola-lhe aos pés a luz, como um tapete
Quando ela esgarça na ponta das botinas...
Luís Delfino
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Ahhh não é fácil... Realmente, não é!
ResponderExcluir"Como é que podemos administrar tanta beleza?"
Nossa!! Não é fácil! Tanto sentimento, tanta grandeza, até em tristes momentos.Linndo demais...
Helena, vou ficando emocionada e tristinha por aqui.
Beijos com muito carinho
Glória
Minha querida,
ResponderExcluirBelíssimo poema de Luis Delfino!
Boa semana!
Beijos.
un desespero y un final tremendamente poético.
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