Aquele que passa
O desconhecido que passa
e te acha ainda digna de uma fugidia palavra de desejo,
Talvez porque na sombra da noite tão doce de maio
Ainda resplendem teus olhos,
ainda tem vinte anos a ligeira figura deslizante,
Não sabe que foste amada, por aquele que amaste amada,
em plena e soberba delícia de amor,
E em ti não há membro nem ponta de carne ou átomo de alma
que não tenha uma marca de amor.
Que tu viveste apenas para amar aquele que te amava,
E nem que quisesses
podias arrancar de ti essa veste que o amor teceu.
Ele, ignaro,
em ti já não bela, em ti já não jovem,
saúda a graça do deus:
Respira, passando,
em ti já não bela, em ti já não jovem,
o aroma precioso do deus:
Só porque o levas contigo,
doce relíquia à sombra de um sacrário.
Ada Negri
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O desconhecido que passa
e te acha ainda digna de uma fugidia palavra de desejo,
Talvez porque na sombra da noite tão doce de maio
Ainda resplendem teus olhos,
ainda tem vinte anos a ligeira figura deslizante,
Não sabe que foste amada, por aquele que amaste amada,
em plena e soberba delícia de amor,
E em ti não há membro nem ponta de carne ou átomo de alma
que não tenha uma marca de amor.
Que tu viveste apenas para amar aquele que te amava,
E nem que quisesses
podias arrancar de ti essa veste que o amor teceu.
Ele, ignaro,
em ti já não bela, em ti já não jovem,
saúda a graça do deus:
Respira, passando,
em ti já não bela, em ti já não jovem,
o aroma precioso do deus:
Só porque o levas contigo,
doce relíquia à sombra de um sacrário.
Ada Negri
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guau, esto es otro universo, lleno estrellas en otrora. me encanto tu feminismo romántico.
ResponderExcluirabrazos
Gosto gosto mesmo de passar por aqui!Beijos.
ResponderExcluirHelena
ResponderExcluirSeu blog é uma viagem que não se tem vontade de parar...lindo