
E é meu, o vazio…
Íngremes escadas as que levam ao sótão…
E a velha arca… sempre tão plena de tudo
O que foi…
Relíquia sem preço…
E lá fora o Sol!
Estalam as tábuas do soalho em que ajoelho…
Tudo mudado… tudo tão velho…
O passado em que me revejo com Luz
Longe do presente …
E o Céu não sente…
Mente quem diz que o sol ilumina
Essa criança, mulher… ou menina?
Entro dentro da velha arca…
Não tem senão a marca
Dos tempos idos…
Ali permaneço respirando
Tesouros perdidos…
Sou… e me encontro!
Fecho-me dentro do escuro
Digo adeus ao Sol,
E é meu, o vazio…
Que por ser assim, cheio de nada… é puro!
BlueShell
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