
Envelhecemos, ele a ramagem e eu a fonte,
Ele um pouco de sol e eu a profundidade,
Ele a morte, mas eu a ciência de viver.
Deixava que na sombra o tempo nos mostrasse,
Com riso acolhedor, o seu rosto de fauno.
Gostava que soprasse o vento que dá sombra.
E morrer fosse só, na fonte muito escura,
A água funda agitar, bebida pelas heras,
Amava, estava em pé, no meu sonho sem fim.
Yves Bonnefoy
(trad. de Cláudio Veiga)
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