
Era uma vez, mas eu me lembro como se fosse agora. Eu queria ser trapezista, minha paixão era o trapézio. Me atirava do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase: cinema, parque de diversão, de circo, ciganos... Aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo: do que não ficava pra sempre.
Antônio Bivar
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