Noite vazia
Crescimento do silêncio a devorar as nuvens.
Voo incansável e monótono das aves brancas do cérebro.
Florida e ondulada suspensão da mágoa.
As ferocidades são ternuras desmaiando na estepe adivinhada.
O amor abre goelas bocejantes nos côncavos da ausência do espaço. E a morte espreitando a lentidão irradia baçamente a sua despedida.
Noite vazia.
As aves brancas do cérebro
inutilmente abatem as suas asas!
Edmundo de Bettencourt
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Crescimento do silêncio a devorar as nuvens.
Voo incansável e monótono das aves brancas do cérebro.
Florida e ondulada suspensão da mágoa.
As ferocidades são ternuras desmaiando na estepe adivinhada.
O amor abre goelas bocejantes nos côncavos da ausência do espaço. E a morte espreitando a lentidão irradia baçamente a sua despedida.
Noite vazia.
As aves brancas do cérebro
inutilmente abatem as suas asas!
Edmundo de Bettencourt
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