Um dia vais pela rua como quem
já não deseja nada deste mundo:
olhas pro céu, reparas no inferno
e todas as pessoas são iguais,
inocentes obstáculos povoando
a memória indelével. Continuas,
atravessas o parque e de repente
encontras o regresso já perdido
no dia do juízo. Fica aqui,
coisa inútil que alguém deixou arder,
resto de prata acesa em mil estilhaços
e espera pelo último semáforo,
pela última canção perto da noite
até que o vento seja o teu destino.
Fernando Pinto do Amaral
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isto é oque chamo de melancolismo brilhante!
ResponderExcluirexcelente fusão de imagem e texto colega...
bjs