
Não sei
à procura das chaves do carro, a revolver a mala. na ponta da caneta e no azul do tinteiro. a arrumar toalhas e lençóis no armário. a pensar nas pessoas que fazem palavras cruzadas, jogam sudoku. ontem. na chama da vela sobre a peanha. a passear na linha de um verso e a descer por um poema, a descer no elevador, a descer o Chiado. na chávena do leite quente, na porta do microondas. nos headphones da Fnac. hoje. nas camisas e gravatas nas prateleiras das lojas. na água que corre das torneiras de casa. no tempero de sal.
não sei de um eu onde não estejas.
Eugénia de Vasconcellos
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
à procura das chaves do carro, a revolver a mala. na ponta da caneta e no azul do tinteiro. a arrumar toalhas e lençóis no armário. a pensar nas pessoas que fazem palavras cruzadas, jogam sudoku. ontem. na chama da vela sobre a peanha. a passear na linha de um verso e a descer por um poema, a descer no elevador, a descer o Chiado. na chávena do leite quente, na porta do microondas. nos headphones da Fnac. hoje. nas camisas e gravatas nas prateleiras das lojas. na água que corre das torneiras de casa. no tempero de sal.
não sei de um eu onde não estejas.
Eugénia de Vasconcellos
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
muy divertido texto.
ResponderExcluirun abrazo
fico imaginando o que seria de mim se não houvesse a poesia...
ResponderExcluir