
boneca
dentro da velha casa de bonecas
minha predileta está meio desconjuntada
braços de pano pendentes
cara de nada absoluto
bobagem ou contradição em termos
não pode ser o nada absoluto se ainda é uma boneca
mesmo quase desfeita
mas penso :
parte dela virou pó
não é mais a boneca que foi
porque começa a navegar no nada
triste e um pouco assustada
olho o espelhinho da casa e percebo que
o nada absoluto está em meu rosto também
adelaide amorim
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
dentro da velha casa de bonecas
minha predileta está meio desconjuntada
braços de pano pendentes
cara de nada absoluto
bobagem ou contradição em termos
não pode ser o nada absoluto se ainda é uma boneca
mesmo quase desfeita
mas penso :
parte dela virou pó
não é mais a boneca que foi
porque começa a navegar no nada
triste e um pouco assustada
olho o espelhinho da casa e percebo que
o nada absoluto está em meu rosto também
adelaide amorim
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
[por toda uma vida, somos, trazemos o sopro dos objectos que nos moldam, como sombras interiores resguardadas para os dias restantes]
ResponderExcluirum imenso abraço, Helena
[ou melhor, dois enormes...]
Leonardo B.
OLá querida,
ResponderExcluirQue giro, estava a ler o poema e pensei logo numa boneca que eu tinha em miúda horrorosa de velha e que era a minha preferida!...
O nada é a antevisão.
Que o teu fim de semana esteja a ser bom.
Beijinhos,
Manuela
un gusto es siempre visitarte.
ResponderExcluirbesos