
outro tempo
foi num tempo outro.
quando os olhos não sabiam ler além da alma.
muito além da pele.
foi num tempo de palavras ditas com a boca à boca da noite.
quando os dedos (estes) não conheciam canetas e teclas.
e não podiam apagar os quilometros percorridos pelas mãos.
foi no tempo em que não se despedia o amor por carta,
porque despedida não havia,
esperava-se chegar a morte para recomeçar o mesmo amor.
de sempre em outra vida.
um tempo que não é de agora, tão diferente de tudo e de mim.
destas mãos acostumadas às letras e à distância dos olhos.
à desimportância da boca.
outro tempo:
tão longe e tão perto de mim
e do recomeço do amor.
mariza lourenço
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
foi num tempo outro.
quando os olhos não sabiam ler além da alma.
muito além da pele.
foi num tempo de palavras ditas com a boca à boca da noite.
quando os dedos (estes) não conheciam canetas e teclas.
e não podiam apagar os quilometros percorridos pelas mãos.
foi no tempo em que não se despedia o amor por carta,
porque despedida não havia,
esperava-se chegar a morte para recomeçar o mesmo amor.
de sempre em outra vida.
um tempo que não é de agora, tão diferente de tudo e de mim.
destas mãos acostumadas às letras e à distância dos olhos.
à desimportância da boca.
outro tempo:
tão longe e tão perto de mim
e do recomeço do amor.
mariza lourenço
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Linda!!
ResponderExcluirO recomeço do amor,
O recomeço da vida,
Tudo está escrito
Um beijo
ahhhhh, volver otra vez... me envolvió este escrito.
ResponderExcluirbesos
Olá Helena,
ResponderExcluirVenho deixar um carinho e a propósito do poema, tudo agora é muito diferente, nem sei se há amor, ou se anda de paixão em paixão...
Ah e também venho ouvir a Edith!...
Bjs,
Manuela