Num tapete de água
vou bordando os meus dias,
os meus deuses e as minhas doenças.
Num tapete de verdura
vou bordando os meus sofrimentos vermelhos,
as minhas manhãs azuis,
as minhas aldeias amarelas
e os meus pães de mel amarelos também.
Num tapete de terra
vou bordando a minha efemeridade.
Nele vou bordando a minha noite
e a minha fome,
a minha tristeza
e o navio de guerra dos meus desesperos,
que vai deslizando p'ra mil outras águas,
paras águas do desassossego,
para as águas da imortalidade.
Thomas Bernhard
¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨¨
vou bordando os meus dias,
os meus deuses e as minhas doenças.
Num tapete de verdura
vou bordando os meus sofrimentos vermelhos,
as minhas manhãs azuis,
as minhas aldeias amarelas
e os meus pães de mel amarelos também.
Num tapete de terra
vou bordando a minha efemeridade.
Nele vou bordando a minha noite
e a minha fome,
a minha tristeza
e o navio de guerra dos meus desesperos,
que vai deslizando p'ra mil outras águas,
paras águas do desassossego,
para as águas da imortalidade.
Thomas Bernhard
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hermoso escrito, profundid poética en colores.
ResponderExcluirbesos
Bom Natal, minha querida...
ResponderExcluirE que em 2010 continuemos a nos encantar com este teu lindo blog...
Bjs.
♥
Olá,
ResponderExcluirQue profundidade tem este texto de Thomas Bernhard!...
Neste Inverno implacável que aqui vivemos, que infelizmente tem causado danos a muitas pessoas, vou beber uma taça de champanhe, por todos os meus amigos virtuais e desejo para ti um BOM NATAL, vivido com esse especial «espírito» que o Natal deve representar
e que o ANO NOVO, possa ser mais novo que este.
Beijinhos,
Manuela