Deita-te agora...
deixa que o incenso perfume os celeiros
onde adormecemos.
Toca o meu rosto voltado para cima,
como se procurasse no céu as carruagens de
cedro e ouro,
nos caminhos onde me perdi.
Traz-me o cântaro das tuas fontes.
Dá-me a beber a sua água
porque os meus lábios ardem.
Tenho sede.
É Verão, como sabes.
As cigarras eternizam a sua música
de pianos rudes,
as rãs destroem a serenidade do lago.
Nunca te levantes; não me voltes as costas.
José Agostinho Baptista
deixa que o incenso perfume os celeiros
onde adormecemos.
Toca o meu rosto voltado para cima,
como se procurasse no céu as carruagens de
cedro e ouro,
nos caminhos onde me perdi.
Traz-me o cântaro das tuas fontes.
Dá-me a beber a sua água
porque os meus lábios ardem.
Tenho sede.
É Verão, como sabes.
As cigarras eternizam a sua música
de pianos rudes,
as rãs destroem a serenidade do lago.
Nunca te levantes; não me voltes as costas.
José Agostinho Baptista
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